JÁ QUE O VERÃO CHEGOU QUE TAL SABERMOS UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DO BIQUINI??
O biquíni foi lançado no
dia 26 de junho de 1946 e realmente causou furor na época. As modelos se
recusavam a posar vestidas com ele, revelando o umbigo, cabendo apenas à
pioneira Micheline Bernardini, conhecida stripper, a corajosa decisão de ser
fotografada com esta inovadora criação. A princípio este elemento do figurino
feminino foi acidamente criticado, embora para os atuais padrões fosse bem
austero, confeccionado em algodão, com estampas simulando a página de um jornal.
O biquíni aterrissou no Brasil
no fim da década de 50, inicialmente através das famosas vedetes, entre elas
Carmem Verônica e Norma Tamar, que atraíam completamente a atenção ao
desfilarem nas praias localizadas diante do Copacabana Palace, na cidade do Rio
de Janeiro. Não demorou muito para que a maior parte das brasileiras, com a
sensualidade à flor da pele, adotassem também este figurino. A partir deste
momento as praias brasileiras, especialmente as cariocas, tornaram-se
tradicionais palcos da moda praia.
Na década de 60 o biquíni era
mais ousado, revelando bem o umbigo e portando uma cava maior que a dos anos
50. Dois anos depois Rudi Gernreich, designer americano, criou o ainda mais
polêmico ‘topless’, no qual se torna desnecessária a parte superior do biquíni.
Em nosso país, berço da moda ligada à praia, esta inovação não foi
bem-sucedida, embora tenha feito sucesso nas areias de alguns países europeus.
Na década de 70 entra em
cena a célebre tanga, bem menor que o já tradicional biquíni. A modelo Rose di
Primo tornou-se conhecida como a musa da tanga no litoral do Rio de Janeiro. Os
biquínis apresentavam a cintura baixa, resgatada hoje pelas tendências da moda,
normalmente com a parte de baixo lisa e a superior repleta de estampas.
Nos anos 80 nasceram
outras concepções, como o sensual enroladinho, o famoso asa-delta, o modelo com
pequenos laços laterais, o sutiã conhecido como ‘cortininha’. Não sendo
possível reduzir ainda mais esta peça feminina, criou-se o fio dental, ainda
hoje muito adotado pelas mulheres.
Na década de 90, a febre dos
acessórios de praia assola as terras brasileiras. Surgem as saídas de praia, as
cangas, chinelos, óculos, entre outros. Os tecidos ganham mais resistência,
graças a um maior investimento técnico neste campo. Na parte inferior
predominam os shortinhos; o estilo que imita a camuflagem ganha espaço neste
momento.
No início do século XXI ocorre
um mix das mais variadas tendências, especialmente das vigentes nas décadas de
70 e de 90. Predomina o uso do padrão asa-delta. Novos modelos aparecem a cada
momento, revolucionando ainda mais o mercado que gira em torno desta peça da
indumentária feminina.